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se hace camino al andar

se hace camino al andar

... insatisfeita, irrequieta ...

a emoção é a de estar enrolada numa onda e no constante rodopio nela enquanto vem e lambe a areia e depois volta para trás para ganhar novo balanço e regressar. assim, vezes sem conta.

e não é uma onda gigante duma tempestada pontual. é o constante movimento intrinseco à natureza das ondas da praia. e por isso, às tantas cansa, porque não sou concha do mar.

assim, parar é preciso, cortar o ciclo e de novo avançar.

aceito. dou-me um dia ou dois.

depois tenho que avançar.

honestidade é a palavra chave para a minha mudança. pinpoint 3 aspectos. chega

eu - o foco

o entorno beneficiará

alegria.jpg

 

 

publicado às 11:53

... a deixar fluir

há dias em que, simplesmente, o copo está meio vazio. em tudo sobressai o lado negro, a desvantagem, o que está em falta. tudo pesa. da mesma forma como há dias em que a vida e os dias estão cheios de luz e leveza. assim, simplesmente assim. não vale a pena por-me a elencar o negativo. aceitar e deixar fluir. o silêncio, as rotinas prazenteiras apenas, o poder fazer o que me dá gozo - cozinhar - e o que me apetece - um banho de imersão com um livro. estou outra! um luxo (a que me pude dar, sortuda eu)

publicado às 20:44

... sonho

Quando acordei esta manhã, estava a sonhar que estava numa festa de rua qualquer com o meu marido (um tipo alto e magro, de cabelo escuro, que não conheço). Subíamos uma rua lado a lado, não zangados, nem aborrecidos mas muito frágeis ambos pois ele tinha confessado que o nosso casamento estava em dificuldades. Assim como um bom tecido de linho que já foi forte e resistente e cuja trama agora, do uso no dia-a-dia, está desgastada e por isso mais frágil e sujeito a se esgaçar.  Eu estava numa aflição porque sentia na pele que num instante podiamos chegar a esse momento e assustada pensava no que fazermos para deter o processo.

E de repente ele começa a não ter fôlego nem forças para continuar a andar e começa a cair. Abracei-o mas não tive forças para impedir a queda, mas suavizei-a - tudo em câmara lenta a acontecer - e ficámos estendidos no passeio, eu debaixo dele, e ele com dificuldade em respirar. Acto seguido estamos no hospital e ele tem que ser operado ao coração pois duas paredes internas estavam desgastadas e de tão finas, podiam desfazer-se a qualquer momento.

Que fragilidade a da vida, a das relações, que impotência e susto.

Neste estado de ânimo me levantei e me encontro ainda. A tónica está na vida que, sem conscientemente darmos por isso e pelas consequências, nos faz ter atitudes que desgastam todos os envolvidos.

E só me lembro de não querer deixar de o abraçar porque me queria "fundir" com ele tal a necessidade de o ter, de não o perder.

E aqui estou, no trabalho, a tentar reverter o estado de ánimo que está a milhões de anos luz da minha realidade presente. Sinto que estou numa vida paralela pois a vida da A. do sonho não é a minha, mas estou imersa nas emoções do sonho e condicionam-me totalmente

O começo é a exorcização da coisa através da escrita

publicado às 10:31

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