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eu diria que se o interior estiver em paz, venha o exterior, lidarei!
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eu diria que se o interior estiver em paz, venha o exterior, lidarei!
tenho a expectativa de que um dia o coração não fique arritmico quando sei sobre acontecimentos da vida do H longe de mim (nós)
este fds pensei sobre convidá-lo ou não a juntar-se a uma das celebrações do meu aniversário (estive presente nas dele com mãe e nosso filho nestes 2 anos de separação e ele veio à minha festa com amigos o ano passado)
para o almoço familiar foi fácil decidir que não, não o quero misturar mais e não creio que ele sinta saudades ou tenha prazer em estar com minha família (mais do que com a mãe "de antigamente" não deve ter saudades de ninguém). Para ele creio é normal não passar já a conviver com eles e isso não lhe causa qualquer dor, é a vida - ao contrário de mim a quem doería a falta de relação com família dele.
para os copos com amigos... decidi que também não o convidava. continua a não me custar o convívio com ele, sem namorada. mas afastou-se dos meus/nossos amigos à excepção de um. conheceu-os através de mim e deixou-os (curioso que eles não o deixaram, ainda o convidaram mas ou não deu ou deu desculpa).
por isso pensei que não havia razão para eventualmente o pôr no compromisso de aceitar por educação ou eu ouvir que já estáva ocupado. também não devo fomentar o convívio, podemos ser "amigos" na relação que temos que ter por todos os temas que ainda nos obrigam a conversar
e fiquei bem com a decisão, não foi demorada, não mexeu comigo.
hoje vejo no FB, via amiga, a foto dele com namorada numa festa de aniversário e o coração tropeça. não me parece ainda seja amor, há muito não o é estou em crer. mas ainda mexe comigo ver a cara dele - alguém que fez tão parte de mim e meu dia-a-dia - ao lado de outra gaja e num contexto desconhecido e do qual não faço parte. é inegável que me custa e outras vezes só estranho, vê-lo a construir história longe de mim
a capacidade de formarmos expectativas realistas da vida conduzir-nos-á a não ter desilusões pelo que não sofreremos ...
creio que este conceito relacionado com os acontecimentos que dominamos funciona, com o que não dominamos... não cheguei ainda a esse estádio de perfeição - nem sei se lá chegarei. eu gosto de ter expectativas, bolas! ... ou estarei a confundir conceitos? ... muito provavelmente
se compro um carteira em pele pela qual me apaixonei, quero que dure muito, para sempre! mas sei que não devo esperar tal pois o uso desgasta o material, é o expectável, é a vida!
não é por isso que a deixo em casa na sua bolsa protectora. sou pessoa que desfruta o seu bom relógio e caneta de tinta permanente no meu dia-a-dia. em casa não me servem de nada!
mas conheço quem se refreie de usar os objectos almejados e adquiridos por temor a que se estraguem
pôr gasolina num dos lugares do costume e encontrar a simpatía de um dos Srs.
a conversa curta mas sei que sentida e verdadeira.
a cara curtida pelo trabalho à mercê da inclemência da metereologia, os olhos esverdeados expressivos e sempre o sorriso e as palavras:
- como está hoje a Sra?
- ãhnn ...
- não gosta da falta de sol? ...
- não... (e olho para o relógio e ele ri-se)
- já está atrasada!
- estou sim - sorrio eu
- não gosto quando as pessoas dizem "vai-se andando" ...
(e eu a lembrar-me que é uma das respostas típicas do H e com que sempre engalinhei!)
tem que se fazer pela vida, continua o Sr.
- é verdade, tem razão ... respondo eu a apreciar a conversa
... ... e daí passámos para as férias de ambos que vão chegar ainda e ele conta que já não quer que os anos passem depressa, que já lá vai o tempo em que queria chegar depressa aos dias em que a barba lhe crescesse e depois sería maior ... e queria ..., hoje o tempo passa muito depressa!
e tenho que lhe perguntar o nome porque gosto dele! quero saber-lhe mais esse detalhe tão pessoal
e ainda brinco com os nossos apelidos e vou-me embora de sorriso e bem com a vida
Como é fácil espalhar o bem
À tarde ía com o telefone na mão e paro para fotografar um pormenor no chão que me fez graça
e um Sr. ía a passar, seguiu o meu olhar e sorriu. eu disse: curioso! e ele respondeu: pois é!
só isto! e fico contente. gosto quando as pessoas são naturais e interagem sem merdices
fatias de felicidade e The Book of Life
«os que são a nossa casa
vai construindo a certeza da tua rede, dos que estão sempre lá, no lugar para onde podes sempre fugir e descansar do peso do mundo; no sítio onde te esperam sempre, onde existe quem te segura sempre, quem te agarra e te ampara na queda, quem te empresta o coração para morares lá dentro. vai aprendendo, e praticando, que o mundo só é perfeito em quem se quer bem. »
by Sofia