destrinçando emoções e sentimentos #3
perguntei ao D o que sentiu quando viu o pai com outra mulher
- foi estranho mãe.
óbvio.
depois de um dia mau, hoje acordei calma. a ideia, as imagens deles juntos não me magoam.
este processo é uma dureza!!!
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perguntei ao D o que sentiu quando viu o pai com outra mulher
- foi estranho mãe.
óbvio.
depois de um dia mau, hoje acordei calma. a ideia, as imagens deles juntos não me magoam.
este processo é uma dureza!!!
cada vez que penso que o H contou ao D que tem uma namorada.
não tem nada a esconder, quer estar à vontade e que ela conheça o seu «tesourinho».
já a apresentou e passaram tarde juntos.
o que sentiu o D quando soube, quando viu o pai com outra mulher? ... ... depois de um ano, nada? normal? tantos amigos que devem ter passado pelo mesmo ...
ainda custa tanto
... de novo às voltas com as atitudes de fuga e de não pró-actividade do H durante o que veio a ser o fim do nosso casamento. de novo a pensar em mim como estúpida por não ter insistido nas minhas hipóteses de solução, pelos sentimentos de culpa de "ser difícil" e por isso lhe querer dar o espaço que pedia para que ... descansa-se, se re-energizasse e depois enfrentássemos e trabalhássemos os problemas juntos. de novo a pensar porque raios nos dei como seguros, como que os problemas não poderiam levar à ruptura total... NÃO pensei nunca aí chegássemos! era óbvio que nós não! Nós tinhamos começado com um grande amor, tinhamos um casamento muito rico mas com problemas sim, que íamos resolver um dia destes ... ele não ía fugir, ele não ía deixar chegar a um ponto em que só quisesse e precisasse de fugir de mim para sobreviver ...
de novo no vórtice destes pensamentos e aperto no peito. de novo com a dor da rejeição e de não ter oportunidade de lutar
de novo a querer o frente a frente e as palavras dele. os sentimentos explicados.
precisarei de umas bofetadas e murros finais para que morram definitivamente estas angustias e sentimentos?
o infante a melhorar da virose de 2 dias e ficou curado
o almoço de sábado ao sol na cumplicidade fácil das amigas
o jantar e serão reacendendo vínculos fortes de amizade de juventude. do melhor.
metade de domingo no trabalho duro mas terapeútico e sempre prazenteiro na horta
e fim de tarde na praia a ver o mar e a conversar com outra amiga
noite de ser calma, de me respeitar, de esforço para vir a estar bem
conclusão: sol, amizade e amigas, respeitar-me e trabalhar arduamente para ir pondo pé ante pé rumo a um futuro mais feliz
... e a casa com cheiro a alfazema que trouxe da horta
(life is not always a straight line)
infante com alguma virose e com febre
doente tão mimoso como mãe. gosta de companhia, abraços, festinhas e massagens. gosta dum filme para distrair, cházinho e algum mimo para comer quando o enjoo passa
conto-lhe que, à medida que ele se torna independente - e eu feliz - também me dão mais saudades de quando era pequeno e precisava mais de mim e por isso quero mais mimos e toque
conto-lhe como o entendo como doente porque também nisto somos iguais e aproveitei a oportunidade para passarmos a tarde os dois aninhados em grande cumplicidade
hoje vim trabalhar e a namorada "entrou ao serviço". espero que ao fim da tarde se vá embora e volte a ser eu a sua companhia
e hoje finalmente não me domina a tristeza. hoje respirar é mais fácil e o nó é mais pequenino. hoje os "pensamentos pop up" não são tão recorrentes nem tão dolorosos e as recordações aleatórias da nossa vida que sempre me surgem a meio da escrita do mail e da lista das compras não me trazem lágrimas aos olhos. é a tal cura que vem com o passar do tempo. os dias uns atrás dos outros tiram lastro aos desgostos. o inexorável passar do tempo que, depois de nos esgotar e deixar exaurida no fundo do poço, atenua a dor
um nó no estômago é o que tenho ainda
há momentos de alívio mas o sentimento que perdura é o de queasiness - uma espécie de náusea com hiper sensibilidade que ocupa um espaço aqui e me deixa desassossegada
os pensamentos são menos obssessivos, é-me mais fácil desligar-me deles mas não estou boa ainda.
aceitei o convite dele para almoçar com a família no domingo mas, a continuar assim não vou não forçar-me a ir. não vou estar bem e prefiro não ir (gostava de ver como tem a casa mas vai fazer-me mal; até ver a informação da compra no super de Alfragide me custa!)
.
2 dias depois, o coração acalma-se, descansa; as emoções esmorecem pouquinho a pouquinho
os pensamentos deixam de estar aí a toda a hora, também é verdade que, fiel a mim própria, surgem logo outros assustadores (*)
prova-se que já não amo; prova-se que o coração é complexo e irracional. há tantas emoções decorrentes do amor e dos largos anos de convivência que ainda existem e se ressentem com a forma como nos vamos deixando ir um do outro.
não o quero mas ressinto-me de que siga a sua vida amorosa primeiro do que eu, doi-me pensar que os carinhos são de outra agora, magôa muito imagina-lo ... fraquezas e complexidades deste sentimento
e cá estou eu lidando à minha maneira: sentindo, sofrendo, não evitando e deixando fluir (nova aprendizagem) e depois pondo em palavras. a forma de entender o não entendível, a forma de tornar claro e de aceitar para conseguir seguir em frente. Sou quem sou, sou como sou
(*) pensamentos para outro momento. também aprendi a tentar não sofrer por adiando
para o deslargar. já tem "amizade colorida" - nas suas palavras. estão a conhecer-se, diz, mas não foi capaz de fazer um desvio de 2 km e 5 min para honrar o meu pedido de me dizer pessoalmente antes de eu descobrir por mim própria- que sempre acontece - e aconteceu!
é para me ajudar a perceber e assimilar o pouco peso que já tenho
hoje estou down, mas melhor que ontem
... e levou a gata conforme pedido
durante a noite várias vezes a procurei ... contou-me que estava assustada e a habituar-se à nova casa muito devagarinho, foram 7 anos
... e lembro-me de Serrat a cantar ".... sin ti mi cama es ancha..." e eu a partir de hoje tenho uma cama de solteira, dei a nossa a seu dono que hoje começa uma nova fase, finalmente numa casa como merece.
ele contente e eu a chorar de novo pelo passado e pelo futuro que não há
ele na vida que quer e eu na que me sobra